quarta-feira, 16 de outubro de 2019

METODOLOGIAS ATIVAS PARA UMA EDUCAÇÃO TRANSFORMADORA


            
            A cada dia, rotineiramente, incontáveis estudantes saem de suas casas com destino à escola e ao chegarem as suas salas de aula, deparam-se com uma cena cansativa e entediante, onde o(a) professor(a) tal disciplina pede que abram os livros didáticos em determinada página para que façam uma leitura compartilhada sobre algum conteúdo que posteriormente será explicado à luz da interpretação do(a) docente...

Sem dúvida, já nos deparamos com esse cenário em alguma etapa de nossas vidas estudantis no passado e ainda no presente esse modelo de aula “pré-histórico” ainda paira sobre nossas escolas. Metodologias dessa natureza não servem para formação de nossos estudantes, uma vez que não os preparam para a vida nos dias de hoje. A Base Curricular Comum (BNCC, 2018) nos orienta a exercitar competências junto com os educandos capazes de melhor prepará-los para a mundo contemporâneo, como capacidade de comunicação, empatia, responsabilidade, colaboração, resiliência entre outras.

Para tanto, nós professores, não podemos abrir mão de desenvolver metodologias que sejam inovadoras e estejam em sintonia com o mundo contemporâneo, capazes de tirar os alunos da posição de meros espectadores e colocá-los num patamar de protagonistas do seu próprio processo de aprendizagem. Essas metodologias são consideradas ativas, pois como nos explica Moran (2017), abordam estratégias de ensino focadas na participação ativa dos alunos na construção de seu processo de aprendizagem, e que, em um mundo conectado e digital, se revelam através de modelos híbridos de ensino apresentando inúmeras combinações.

O papel do professor, de acordo com o autor, é de mediador do processo, uma espécie de “coach” que orienta o aprendizado, acompanhando o desenvolvimento dos alunos e intervindo quando for necessário. 

Mas será que pôr as metodologias ativas em prática nas escolas requer recursos sofisticados? Não necessariamente. O autor nos mostra que esse tipo de abordagem pode ser desenvolvido através de tecnologias simples como a inversão do modelo tradicional de aula, com os alunos realizando pesquisas antes, dando retorno aos professores, para que a partir desse ponto, o docente possa planejar quais são os pontos mais importantes a serem trabalhados com a turma.

Existem ainda outras metodologias ativas que podem sem que haja grandes dificuldades como aprendizagem baseada em projetos, que tem como propósito fazer com que os estudantes aprendam através da resolução de desafios e o Design Thinking que também objetiva a solução de problemas, estimulando a colaboração e a empatia estre os pares.

A figura abaixo tem o objetivo de esclarecer o que se entende por uma abordagem com base nas metodologias ativas.



Enfim, diante de um o mundo cada vez repleto de possibilidades e que está em constante transformação, a implantação das metodologias ativas na educação pode vir a ser a porta de entrada para uma educação transformadora, capaz de lapidar nossos alunos para que se tornem protagonistas de seu próprio aprendizado, gerando assim indivíduos mais seguros de si e capazes de construírem histórias de sucesso.





REFERÊNCIAS



BRASIL. Base Nacional Comum Curricular: Ensino Médio. Brasília: MEC/Secretaria de Educação Básica, 2018.

DIESEL, A.; MARCHESAN, M.; MARTINS, S. N. Metodologias ativas de ensino na sala de aula: um olhar de docentes da educação profissional técnica de nível médio. Revista Signos, Lajeado, ano 37, n. 1, 2016.

MORAN, J. Metodologias ativas e modelos híbridos na educação. In: YAEGASHI, S. et al. (Orgs). Novas Tecnologias Digitais: Reflexões sobre mediação, aprendizagem e desenvolvimento. Curitiba: CRV, p.23-35, 2017.

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