A
cada dia, rotineiramente, incontáveis estudantes saem de suas casas com destino
à escola e ao chegarem as suas salas de aula, deparam-se com uma cena cansativa
e entediante, onde o(a) professor(a) tal disciplina pede que abram os livros
didáticos em determinada página para que façam uma leitura compartilhada sobre
algum conteúdo que posteriormente será explicado à luz da interpretação do(a)
docente...
Sem dúvida, já nos deparamos com esse
cenário em alguma etapa de nossas vidas estudantis no passado e ainda no
presente esse modelo de aula “pré-histórico” ainda paira sobre nossas escolas. Metodologias
dessa natureza não servem para formação de nossos estudantes, uma vez que não
os preparam para a vida nos dias de hoje. A Base Curricular Comum (BNCC, 2018) nos
orienta a exercitar competências junto com os educandos capazes de melhor prepará-los
para a mundo contemporâneo, como capacidade de comunicação, empatia,
responsabilidade, colaboração, resiliência entre outras.
Para tanto, nós professores, não
podemos abrir mão de desenvolver metodologias que sejam inovadoras e estejam em
sintonia com o mundo contemporâneo, capazes de tirar os alunos da posição de
meros espectadores e colocá-los num patamar de protagonistas do seu próprio
processo de aprendizagem. Essas metodologias são consideradas ativas, pois como
nos explica Moran (2017), abordam estratégias de ensino focadas na participação
ativa dos alunos na construção de seu processo de aprendizagem, e que, em um
mundo conectado e digital, se revelam através de modelos híbridos de ensino apresentando
inúmeras combinações.
O papel do professor, de acordo com o
autor, é de mediador do processo, uma espécie de “coach” que orienta o aprendizado, acompanhando o desenvolvimento
dos alunos e intervindo quando for necessário.
Mas será que pôr as metodologias
ativas em prática nas escolas requer recursos sofisticados? Não
necessariamente. O autor nos mostra que esse tipo de abordagem pode ser desenvolvido
através de tecnologias simples como a inversão do modelo tradicional de aula, com
os alunos realizando pesquisas antes, dando retorno aos professores, para que a
partir desse ponto, o docente possa planejar quais são os pontos mais
importantes a serem trabalhados com a turma.
Existem ainda outras metodologias
ativas que podem sem que haja grandes dificuldades como aprendizagem baseada em
projetos, que tem como propósito fazer com que os estudantes aprendam através
da resolução de desafios e o Design
Thinking que também objetiva a solução de problemas, estimulando a
colaboração e a empatia estre os pares.
A figura abaixo tem o objetivo de esclarecer o que se entende por uma abordagem com base nas metodologias ativas.
Enfim, diante de um o mundo cada vez
repleto de possibilidades e que está em constante transformação, a implantação
das metodologias ativas na educação pode vir a ser a porta de entrada para uma
educação transformadora, capaz de lapidar nossos alunos para que se tornem protagonistas
de seu próprio aprendizado, gerando assim indivíduos mais seguros de si e capazes
de construírem histórias de sucesso.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular: Ensino Médio. Brasília:
MEC/Secretaria de Educação Básica, 2018.
DIESEL, A.;
MARCHESAN, M.; MARTINS, S. N. Metodologias ativas de ensino na sala de aula: um
olhar de docentes da educação profissional técnica de nível médio. Revista
Signos, Lajeado, ano 37, n. 1, 2016.
MORAN, J. Metodologias ativas e modelos híbridos na educação. In: YAEGASHI, S. et al. (Orgs). Novas Tecnologias Digitais: Reflexões sobre mediação, aprendizagem e
desenvolvimento. Curitiba: CRV, p.23-35, 2017.
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