Olá pessoal! Nessa
postagem compartilho com vocês algumas ideias sobre os Ambientes Virtuais de
Aprendizagem (AVA) e como eles podem impulsionar as relações entre professores
e estudantes, junto a processos de ensino e aprendizagem.
Mas o que são, de
fato, os AVA? Basicamente são plataformas virtuais com interfaces de
comunicação e informação que servem para mediar e desenvolver atividades
diversas (MARTINS, TIZIOTTO E CAZARINI; 2016). Nesses ambientes professores e
estudantes podem se comunicar e interagir, pois além de permitir aos docentes
enviarem textos, vídeos e outros materiais digitais, permitem que os conteúdos sejam
discutidos de forma simultânea ou não a partir chats ou fóruns de discussão.
E aqui surgem outros
questionamentos: será que esses ambientes propiciam mesmo interação e
interatividade entre os sujeitos? O que se entende por interação? Eles apresentam
algum grau de interatividade? Deixemos a primeira pergunta para o final e busquemos
inicialmente entender os conceitos de interação e interatividade.
Segundo Primo (2007),
a interação pode ser definida pelo intercâmbio entre dois ou mais agentes,
biológicos ou não. Para ele, interagimos com outras pessoas ou objetos através
de ferramentas diversas, que podem ser computacionais ou não, havendo distinção
apenas de acordo com o caráter qualitativo existente entre eles. O autor
destaca, por exemplo, que clicar em um link, jogar videogame, trocar mensagens
por e-mail ou conversar via chat, são
formas de interação. Outra definição sobre interação a apresenta como a
inter-relação entre pares em que há intersubjetividade entre eles, podendo
haver relação simultânea (através de web conferências ou chats, etc.) ou não (através de troca de e-mails, participação em
fóruns de discussões, etc.) de acordo com os tipos de recursos técnicos de
comunicação utilizados (PIMENTEL, 2013).
Para pensarmos em
interatividade precisamos perceber que algumas formas de interação,
principalmente aquelas que ocorrem em ambientes virtuais de aprendizagem,
necessitam de ferramentas como computadores, ou seja, apresentam-se
intermediadas por máquinas capazes de permitir a interação em uma perspectiva
de espaço-tempo diferente daquela normalmente utilizada nas interações em
ambientes de educação presencial.
Para ficar claro, é importante separarmos as relações pessoa-pessoa e pessoa-máquina. Na primeira, com intermédio de tecnologias ou não, se estabelece a interação. Na segunda, caracterizada por uma relação entre dois interagentes (sendo um humano e o outro máquina, com inteligência artificial), se assenta a interatividade.
Nesse sentido, Pimentel (2013) nos aponta que a interatividade pode ser entendida como a ação humana sobre a máquina, tendo um feedback da mesma em relação à esta ação. Portanto, dentro desse contexto, esse “retorno” recebido da máquina sobre a ação humana é fundamental para que haja interatividade.
Para ficar claro, é importante separarmos as relações pessoa-pessoa e pessoa-máquina. Na primeira, com intermédio de tecnologias ou não, se estabelece a interação. Na segunda, caracterizada por uma relação entre dois interagentes (sendo um humano e o outro máquina, com inteligência artificial), se assenta a interatividade.
Nesse sentido, Pimentel (2013) nos aponta que a interatividade pode ser entendida como a ação humana sobre a máquina, tendo um feedback da mesma em relação à esta ação. Portanto, dentro desse contexto, esse “retorno” recebido da máquina sobre a ação humana é fundamental para que haja interatividade.
Percebe-se, no
entanto, que existe uma linha muito tênue entre esses conceitos e que suas
definições são vastas, a partir do pensamento de vários autores. Tomando como
base a ideia de relacionamento entre os que interagem, por exemplo, Primo
(2007) nos aponta dois caminhos: o mútuo, onde os interagentes participam
individualmente do processo de construção inventiva e cooperada afetando-se
mutualmente (chats ou fóruns de discussão), e o reagente, caracterizado por relações
de estímulo e resposta (clicar em um hiperlink).
É oportuno pontuar
também que nesses ambientes virtuais de aprendizagem o professor exerce um papel
fundamental para que se promovam vínculos de interação entre os sujeitos. Ele desempenha
um papel de facilitador criativo, proporcionando ao AVA criar conexões individuais
e coletivas a partir do desenvolvimento de projetos ligados à realidade dos
estudantes ou de integração nas diferentes áreas do conhecimento (PIMENTEL,
2013).
Por fim, acredito que
os ambientes de aprendizagem (físicos ou virtuais) que permitem um maior nível
interação entre seus pares através de ferramentas analógicas ou digitais, têm maior
potencial para alcançar seus objetivos.
Espere aí que não
acabou!
Escaneie o código QR
abaixo com a câmera do seu celular, ou caso seu smartphone não possua o
recurso, faça o download de um leitor específico para esse tipo de código.
REFERÊNCIAS
MARTINS, Diego de Oliveira; TIZIOTTO, Simone
Aparecida; CAZARINI, Edson Walmir. Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVAs)
como ferramentas de apoio em Ambientes Complexos de Aprendizagem (ACAs). Revista Brasileira de
Aprendizagem Aberta e a Distância, v. 15, 2016.
PIMENTEL, Fernando Silvio Cavalcante. Interação
on-line: um desafio da tutoria. Maceió: EDUFAL, 2013.
PRIMO, Alex. Interação mediada por
computador: comunicação, cibercultura, cognição. Porto Alegre: Sulina,
2007.
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