Olá
internautas! Hoje trago um texto sobre algo que pode ser de grande valia para
educadores e estudantes: os Laboratórios Virtuais de Aprendizagem (LVA).
Para início de
conversa é relevante mencionar a importância que os laboratórios de
aprendizagem têm para fazer convergir o conhecimento teórico com a prática.
Correa et al. (2001) nos aponta ainda que o objetivo principal desses ambientes
é complementar a construção do conhecimento a partir do reconhecimento
explícito das atividades propostas durante os processos de ensino.
Os LVA são
ambientes digitais que têm como principal objetivo executar e/ou replicar
experimentações que podem (ou não) serem executadas em laboratórios reais, sem
estar fisicamente presente nesses locais. Eles podem ser utilizados em qualquer
horário e em qualquer lugar, bastando apenas um dispositivo eletrônico para
acessá-lo e rede de internet (sendo que alguns não necessitam dela, funcionam off line). Nesse sentido os LVA
inserem-se em uma atmosfera ubíqua permitindo ao usuário uma maior flexibilidade
em termos de acessibilidade.
Tais Laboratórios
podem ser enquadrados na taxonomia dos objetos de aprendizagem, pois como nos mostra
Silva e Mercado (2019), tratam-se de recursos elaborados a partir da combinação
de elementos como vídeos, imagens, animações gráficas, etc. com finalidades
educacionais bem definidas.
Ao contrário laboratórios
virtuais, os laboratórios reais estão instalados em instituições que, na
maioria das vezes, tornam o seu acesso dificultado por muitos estudantes, aja
vista o possível distanciamento geográfico, horários de funcionamento
limitados, falta de transporte ou capital para locomoção, etc. Nesse sentido, a
utilização dos LVA pode trazer benefícios, já que sua utilização rompe a
barreira espaço-tempo.
Nesse contexto,
o uso dos LVA no ensino básico vem como alternativa às limitações de algumas
escolas que não têm laboratórios físicos (como o de ciências, por exemplo) ou
não dispõem de capital para compra de materiais diversos usados nos
experimentos. Alguns experimentos em escala microscópica podem melhor serem
analisados virtualmente, sem contar que alguns experimentos em um laboratório
físico pode também trazer alguns riscos à saúde e ao meio ambiente.
Todavia, essa
forma de experimentação virtual pode trazer alguns riscos como indução de erros
conceituais, a falta de contato com os equipamentos, a automação dos algoritmos
que minimizam erros, o que limita os estudantes a pouca repetição dos
experimentos (SILVA; SILVA, 2017, p. 43)
Por fim, um
fator relevante na utilização de LVA nas escolas diz respeito à formação do
professor para a correta utilização do recurso. Embora a interface de alguns laboratórios
virtuais seja intuitiva, facilitando a interatividade de quem os usa, a figura
do professor como planejador e mediador das práticas pode se revelar como de
fundamental importância. Por isso, precisamos refletir como os cursos de
formação de professores estão promovendo o contato com essas ferramentas e
preparando-os para enfrentar os novos cenários de aprendizagem, potencializados
pela cultura digital.
Gostou da
leitura? Espero que sim!
Abaixo indico um exemplo de LVA, com alguns experimentos de
biologia que utilizo em algumas de minhas aulas, é só clicar no link a seguir:
Até a próxima!
REFERÊNCIAS
CORRÊA, Geny D.; CORRÊA,
Carlos J.; SANTOS, Víctor B. O Laboratório de aprendizagem e a reconstrução
do conhecimento. Congresso
Brasileiro de Engenharia - COBENGE, 2001.
SILVA,
Ivanderson P.; MERCADO, Luis Paulo M.. Experimentação em física apoiada por
objetos de aprendizagem. ACTIO, Curitiba, v. 4,
n. 2, p. 71-86, mai./ago. 2019. Disponível em: https://periodicos.utfpr.edu.br/actio/article/view/9265/6422.
Acesso em: 27 jan. 2020.
SILVA, I. P.; SILVA, A. T. O
tema “experimentos virtuais” nos anais dos eventos brasileiros de ensino de
física (2005–2014). Revista de Ensino de Ciências e Matemática, v. 8, n.
1, p. 137-154, 2017.