Em nosso dia a dia,
nos deparamos constantemente com recursos presentes na nossa rotina cada vez
mais interativos e conectados entre si, ligados ao mundo eletrônico e/ou
digital com possibilidades e potencialidades quase inimagináveis há algumas décadas
atrás. Quando fazemos uso de tais recursos, costumamos dizer que “estamos fazendo
uso das tecnologias”. Mas, afinal, será que o conceito de tecnologia” é tão
restrito?
Segundo Pinto
(2008) devemos adotar uma postura mais cautelosa ao utilizar a palavra
tecnologia, pois seu conceito vai muito além daquilo que é disseminado pelo
senso comum que a coloca como um fenômeno moderno, ligado geralmente ao meio
digital. Segundo o autor, podemos entender o conceito de tecnologia a partir de
quatro pontos:
·
logos
da tecnologia: conjunto de técnicas que todas as pessoas
possuem. O autor nos aponta que as tecnologias são fruto não simplesmente de
mentes brilhantes, mas de processos históricos coletivos;
·
instrumento
de dominação: quem as detém controla a distribuição e
produção. No entanto os que se apropriam tem o poder de desenvolver outras
formas de tecnologia;
·
ideologia:
garante a evolução e a existência do moderno;
·
ciência
como epistemologia da técnica: entendida como
domínio teórico da técnica, que por sua vez é resultado de pesquisas
científicas.
A partir do
conceito de tecnologia proposto acima, podemos ainda ampliar nossa concepção
sobre o tema incluindo outras formas de tecnologia como as da informação e
comunicação (TIC) e as digitais da informação e comunicação (TDIC). Essas
formas de tecnologias, embora com títulos bem parecidos e às vezes confundidos
entre si, apresentam algumas diferenças.
As TIC podem ser
entendidas como a união das telecomunicações, informática e das mídias
eletrônicas com potencial para servir como recurso na mediação do processo
educacional com um todo (BOHN, 2011).
Pimentel (2015) nos
aponta que a principal diferença se revela no fato de que as TDIC se baseiam na
utilização de sistemas computacionais com conexão à internet, ou seja, em
ambientes digitais podendo apresentar tráfego de mídias, convergência de
informações e expansão geográfica, por exemplo, enquanto as TIC se limitam a ambientes
analógicos, mais limitados no que diz respeito a esses pontos.
Para ilustrar melhor o significado de tecnologia e técnica, o colega de curso Davi Gregório elaborou um mapa conceitual sobre o tema no endereço eletrônico: https://rdenasescolas.blogspot.com/. Vale a pena conferir!
Encerro aqui minhas palavras com a convicção de ter apresentado um pensamento mais aprofundado sobre o tema tecnologia, para
que possamos entendê-lo de forma mais ampla a fim de nos inteirar sobre o seu
significado científico e assim poder perceber e aplicar seus fundamentos com
maior propriedade no nosso cotidiano.
Gostou da postagem? Que tal deixar um comentário sobre seu entendimento do que é tecnologia?
Um grande abraço e até breve!
REFERÊNCIAS
BOHN, C. S; DA LUS, A. M. L.; DA LUZ, S. S. Mídia,
gestão do conhecimento e cognição como um guia para uma gestão empreendedora na
inclusão social e educação digital. In: Mídia, educação e
subjetividade. Florianópolis: Tribo da Ilha, 2010.
PIMENTEL, F. A
Aprendizagem das crianças na Cultura Digital. 1ª ed. Maceió: Edufal,
2015.
PINTO, A. V. O conceito de tecnologia. São Paulo: Contraponto, 2008. v.1.
Rovaris, C.C; Adriano F. O conceito de técnica e tecnologia de Álvaro Pinto. 2018. (8min02s). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=uNMMBa9OsHM&t=2s. Acesso em 07/10/2019.
PINTO, A. V. O conceito de tecnologia. São Paulo: Contraponto, 2008. v.1.
Rovaris, C.C; Adriano F. O conceito de técnica e tecnologia de Álvaro Pinto. 2018. (8min02s). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=uNMMBa9OsHM&t=2s. Acesso em 07/10/2019.
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